domingo, 22 de julho de 2012

Faculdades de prestígio testam popularidade do ensino a distância sem modelo de cobrança bem definido

Há poucos meses atrás, cursos gratuitos online de universidades de prestígio eram uma raridade.

Hoje, eles são divulgados praticamente uma vez a cada duas semanas num momento em que este mercado é invadido por grandes faculdades e inúmeras plataformas que facilitam o aprendizado online.

Como parte de uma grande mudança que ocorreu na terça-feira, dia 17 de julho, uma dezena de universidades americanas de alto nível disseram ter fechado contrato com o Coursera, um novo empreendimento que oferece aulas online gratuitamente. Elas ainda devem enfrentar um certo ceticismo sobre a qualidade da educação pela internet e as perspectivas de que os cursos cubram os custos de produção, mas continuam entusiasmadas com a ideia.

Mas nas universidades que ainda não estão participando deste novo nicho de mercado, as reações variam da curiosidade até o medo de perder um pedaço crucial do mercado acadêmico. Quando a diretoria da Universidade de Virgínia afastou seu reitor no mês passado - uma decisão que mais tarde foi revertida - um dos motivos citados foi a preocupação de ser deixada para trás no mercado de cursos online – a Universidade de Virgínia foi incluída no anúncio de terça-feira.

"Há pânico", disse Kevin Carey, diretor de política da educação da Fundação Nova América, um grupo de pesquisa apartidário. "Se é o caso de pânico sem embasamento, ainda é difícil dizer."

Cursos onlines gratuitos e massivos, ou MOOCs como são mais conhecidos, permitem que o público em geral tenha acesso a faculdades de alto nível a um custo relativamente baixo, mas as instituições ainda não ganham muito dinheiro com eles. E caso se torne possível nos próximos anos obter uma educação universitária completa de uma instituição de elite online, gratuitamente ou a um custo relativamente baixo, especialistas se perguntam se algumas faculdades irão enfrentar dificuldades em atrair estudantes dispostos a pagar US$20.000, US$40.000 ou até US$60.000 por ano por seus cursos tradicionais.

Cursos online existem há anos, com a tecnologia evoluindo cada vez mais para incluir novos recursos multimídia e de interação entre alunos e professores. A novidade é a maneira como as melhores universidades estão abraçando os cursos gratuitos, o que significa estarem praticamente abrindo suas portas digitalmente.

Até agora, a maioria das pessoas que se inscreve nos cursos vive em países estrangeiros. Mas os MOOCs devem se tornar mais atraentes para alunos americanos quando eles começarem a oferecer créditos para cursos de bacharelado, algo que as universidades de elite ainda não fazem. A Universidade de Washington diz que planeja fazê-lo, e isso pode ser apenas uma questão de tempo.

"As grandes universidades deveriam estar preocupadas com isso, especialmente as universidades particulares, que são caras e não são necessariamente de elite porque não têm a mesma reputação", como as universidades de renome que estão criando os MOOCs, disse Anya Kamenetz, uma autora que costuma escrever sobre o futuro do ensino superior.

As faculdades já costumam atrair muito menos do que a metade do mercado de ensino superior. A maioria das inscrições e o crescimento dentro do ensino superior se encontra em opções menos caras que permitem que os estudantes consigam equilibrar o estudo com o trabalho e a família: faculdades regionais, escolas noturnas, universidades online.

A maioria dos especialistas diz que sempre haverão alunos que querem viver no campus, interagir com professores e colegas, especialmente em universidades de prestígio. Mas, como parte do mercado universitário, é bem mais provável que isso vire um nicho cada vez menor.

Analistas dizem que as universidades vão inevitavelmente tentar ganhar dinheiro com os MOOCs, seja através da cobrança de uma taxa de matrícula ou não. As empresas de software que trabalham junto com as faculdades têm procurado em anunciar ou vender informações sobre os alunos para potenciais empregadores.

William E. Kirwan, chanceler da Universidade de Maryland, observou que algumas faculdades públicas, inclusive o seu sistema University College, em sua maioria já oferecem cursos online. No futuro, disse ele, a classe padrão será um híbrido de elementos de aulas presenciais e online, algo que a Universidade de Maryland já está experimentando.

"Acreditamos que esse tipo de abordagem possa reduzir os custos em cerca de 2,5%", disse, "permitindo que cada professor possa trabalhar com uma quantidade maior de alunos, enquanto produz uma clara melhoria nos resultados de aprendizagem."

Durante uma década, a Iniciativa de Aprendizagem Aberta da Universidade Carnegie Mellon criou cursos online gratuitos. Mas, para muitos educadores, a Universidade de Stanford é quem iniciou este tipo de ensino no ano passado, com um curso gratuito online em inteligência artificial que atraiu 160.000 alunos.

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts iniciou um projeto de classe grátis, o MITx, em dezembro de 2011. No mês seguinte, um professor de Stanford que deu aulas para o curso de inteligência artificial encontrou o Udacity, uma empresa que oferece cursos gratuitos em parceria com faculdades e professores.

Em abril, a Stanford, Princeton, Universidade da Pensilvânia e a Universidade de Michigan se juntaram com a Coursera para oferecer aulas gratuitas. Em maio, a Harvard se uniu com o MIT para criar um empreendimento similar, o EDX.

 Na última semana, mais universidades assinaram com a Coursera.

"Nossa participação foi literalmente finalizada neste final de semana passado", disse Milton J. Adams, vice-reitor da Universidade de Virginia, que listou cinco cursos gratuitos. "Eu com certeza vou ter que lidar com algumas reclamações de alguns membros do corpo docente dizendo: 'Por que meu curso não pode estar lá?'"

Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Fonte:   Portal IG Educação

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Cinco por Cento (autor desconhecido)

Tínhamos uma aula de fisiologia na Escola de Medicina logo após a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e assim a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que a turma correspondeu? Que nada!

Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.

Veja o que ele disse:

" Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez.
Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de uma forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Os outros 95% servem apenas para fazer volume. São medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
O interessante é que esta porcentagem vale para todo mundo.
Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são realmente especiais.

É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nessa sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores.
Mas infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso.

Portanto terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos a aula de hoje."

Nem preciso dizer sobre o silêncio que ficou na sala e no nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso.       Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre: afinal, quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não: só o tempo dirá a que grupo pertencemos.

Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.”

Fonte:   www.pensador.uol.com.br
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Prece de um professor:


Jesus,Mestre Amado,permite que eu, Mestre na terra.

Honre a verdade caridosa do Teu exemplo.

Ensina-me o caminho do conhecimento,

mas, sobretudo, a simplicidade generosa do sábio.

Mostra-me Senhor o equilíbrio que deve existir

entre a bondade que afaga e energia que corrige.

Ampara-me, fortifica minha vontade,

socorra-me na vacilação da minha inteligência.

Faze-me escravo mesmo de Tua Perfeição

para que meus discípulos sejam maiores do eu sou.

Abre meu coração, Mestre, lá dentro guarda a esperança

e meu trabalho,todos os dias, será uma vitória,

apesar da incompreensão de alguns ou da indiferença de todos.

Abranda minha ânsia em querer tudo onde pouco existe,

já que a constância do Bem faz sua própria colheita.

Concede-me a modéstia para saber que não tenho riquezas para dar,

mas que poderei ensinar a cada um descobrir seus próprios tesouros.

Dá-me um gesto amigo para fazer de meu discípulo um amigo,

mas arranca de mim, eu te suplico, a injustiça que mata,

a prepotência, o orgulho vão, a mentira que, já no principio,

apunhala uma vida que será, também, um pouco da minha vida.

Mestre Jesus, que eu possa, afinal, bem cumprir a tarefa

e que meus discípulos recebam, pela minha palavra,

a Benção da Tua Verdade, Sabedoria e Amor.

Autor: Wandelli Peçanha