sábado, 26 de dezembro de 2015

Técnicas de ensino que todo professor do futuro deve desenvolver

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Dicas simples para revolucionar sua sala de aula:
1 – Incentivar o aprendizado colaborativo
Realizar atividades em grupo pode ser uma ótima forma de conduzir o ensino afim de torná-lo mais colaborativo, permitindo que os estudantes compartilhem conhecimentos e opiniões entre si. Trata-se de uma habilidade importante a ser desenvolvida, já que pode estimular o trabalho em equipe, muito valorizado no ambiente profissional. Como professor, você também deve participar desse processo, mostrando-se disposto a ouvir os alunos.
2 – Estimular a curiosidade dos alunos
É importante estimular o espírito curioso dos alunos, incentivando que eles façam perguntas durante a aula. Afinal, isso mostra que eles estão interessados no assunto e desejam aprender mais. Para isso, você separar um momento para realizar atividades mais dinâmicas, que relacionem o conteúdo a temas cotidianos, por exemplo. Lembre-se de que uma turma quieta nem sempre é uma turma interessada.
3 – Proponha desafios
É interessante propor atividades que desafiem os estudantes, para além do conteúdo básico visto durante as aulas. Você pode realizar competições entre a classe, sugerindo a realização de um exercício diferente, com um maior grau de dificuldade, por exemplo. Contudo, é preciso estar atento para que a aula esteja bem divida, sabendo a hora certa para impor certos limites.
4 – Certificar-se de que os alunos estão compreendendo o conteúdo
Mais importante do que saber uma definição ou um significado é compreendê-lo. Por isso, é importante manter um feedback sincero com os alunos, certificando-se de que eles realmente compreenderam o conteúdo abordado durante a aula, estando sempre disposto a explicar novamente caso necessário.
5 – Contextualizar
Diante de um contexto em que os alunos buscam cada vez mais praticidade, é importante mostrar como aplicar no cotidiano o conteúdo visto em sala de aula. Estabelecer essa relação, de forma que os estudantes enxerguem que a matéria é útil não só para tirar uma boa nota, como também para a própria vida, pode ser um fator fundamental.
Fonte: www.canaldoensino.com.br

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Interdisciplinaridade: aprender a aprender


Por: Alberto Rosa - Acadêmico do curso de história da Unisul

Uma das melhores formas de ensinar os adolescentes é fazer da sala de aula um lugar bem próximo do mundo deles. Isso significa dizer que o princípio do “aprender a aprender” é uma das melhores soluções para o momento educacional que estamos vivenciando. Para isso, o professor precisa observar alguns cuidados especiais, tais como: saber que o estudante precisa sentir que a escola satisfaz suas expectativas; procurar saber como é o relacionamento do aluno com os pais e que ideia faz de si mesmo e de seu futuro; falar aos alunos somente o que for necessário ao seu campo de estudo e deixar claro sobre o papel de cada um na sala de aula e iniciar suas aulas falando sobre algo que interessa diretamente aos adolescentes.

Segundo a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9.394/96, a essência da escola está nos valores que ela propõe a trabalhar e no enfoque que dá ao conhecimento e na apropriação que os alunos fazem do mesmo. A ênfase da escola deveria ser na habilidade do aluno formular hipóteses e não apenas no estudo dos conteúdos curriculares das disciplinas. Por isso, há necessidade do professor, no cotidiano de suas aulas, elaborar atividades que estimulem os alunos a pensarem em muitas respostas a partir da apresentação de uma questão-problema, no sentido de buscar alternativas práticas para os problemas do cotidiano. No entanto, parece que a escola ainda prepara muito mais acumuladores de conteúdo do que propriamente gerentes de informações. E isso pode ser observado na fragmentação dos conteúdos, dos horários e da estrutura burocrática das escolas que dificultam o aspecto investigativo e explorador da realidade que cerca o estudante e o próprio professor. 

No ensino de história, a situação não é diferente, pois a tônica do momento é a ênfase na compreensão do “sentir-se sujeito histórico” e em sua contribuição para a “formação de um cidadão crítico”. De modo mais prático, pode-se dizer então que se trata do professor de história formar um cidadão autônomo, capaz de compreender a sua sociedade em contínua transformação. Daí acreditar-se que estamos educando para uma época em plena ebulição, necessitando-se para isso transformar o mundo e transformar-se continuadamente. Nesse sentido, as indagações dos educadores, quando planejam o conteúdo curricular, devem se voltar para o ato contínuo do “aprender a aprender”.  A interdisciplinaridade serviria, então, como base para a formulação de novos problemas, métodos e abordagens. Mas em que consiste a interdisciplinaridade? Pode-se dizer que consiste em um trabalho em comum, tendo em vista a interação de disciplinas científicas, de seus conceitos básicos, dados, metodologia, com base na organização cooperativa e coordenada do ensino. Nesta fase, todas as disciplinas devem estar inter-relacionadas. 

No trabalho interdisciplinar, as diferentes matérias escolares interagem-se, em um processo unitário, contribuindo de forma decisiva para a aprendizagem e o desenvolvimento intelectual do aluno. Isso implica pensar na existência de educadores imbuídos de um verdadeiro espírito crítico, aberto para a cooperação, o intercâmbio entre as diferentes disciplinas, o constante questionamento ao saber, arbitrário, cristalizado e desvinculado da realidade. Todavia, é necessário lembrar que este tipo de abordagem exige dos seus participantes uma boa noção do que trata o conteúdo de um projeto, optando-se por um tema e todos os professores apresentam elementos para compreendê-lo a partir da perspectiva de sua disciplina, na forma de um projeto interdisciplinar. 

Na história, a fim de aproximar os seus conteúdos e das outras disciplinas ao cotidiano dos alunos e discutir questões do cotidiano dos brasileiros, especialistas de várias áreas relacionaram os cinco temas transversais para a educação: ética, pluralidade cultural, saúde, orientação sexual e meio ambiente. Assim, a escola tem como objetivo principal preparar o cidadão de uma sociedade em contínua transformação.

Fonte: www.notisul.com.br/n/opiniao/interdisciplinaridade_aprender_a_aprender

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Professor precisa falar menos e provocar mais, diz educador

Fábio Mendes, autor de “A Nova Sala de Aula”, defende ensinar alunos a aprender por conta própria
Como alternativa à tradicional aula expositiva, Fábio propõe a adoção de oficinas de estudo. Com o método, os conteúdos se tornam meio para o desenvolvimento da autonomia no aprendizado e, a sala de aula, o ambiente. Durante o processo, o professor deve apresentar o material que servirá de base para o estudo (textos ou o próprio livro didático), explicar o método passo a passo, e acompanhar a prática, orientando os alunos. Ao final, os estudantes produzem as sínteses e fazem exercícios atestando se avançaram no aprendizado.
Fábio Mendes Nova Sala de AulaMirko Raatz
“O ponto principal é fazer com que eles (estudantes) notem que conseguem aprender por conta própria. Não é o professor que ensina, mas eles que aprendem. Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar? Isso não faz parte do currículo escolar. E quantas vezes ao longo da vida escolar demanda-se que eles estudem? Você se motivaria a fazer uma atividade que não te dizem como fazer e te cobram o tempo todo?”, questiona o autor em entrevista ao Porvir.
Em um mundo no qual os jovens estão o tempo todo em atividade, criando e avaliando conteúdos, Fábio defende que é preciso colocá-los para produzir. A lógica do estudo é quase a mesma das postagens nas redes sociais, arrisca.
Confira abaixo a íntegra da entrevista concedida por telefone:
Porvir – No livro “A Nova Sala de Aula”, você defende que é preciso dar autonomia aos estudantes no processo de aprendizado para que eles desenvolvam a capacidade de construir o próprio conhecimento e consigam lidar com os desafios do nosso tempo. Como o método das oficinas atua para atrair os interesses dos alunos? O aluno desmotivado se interessa por leitura, interpretação de texto e anotações?
Fábio Mendes - Os alunos estão desinteressados, porque eles não conseguem notar no dia a dia da escola que eles produzem algo e que eles são escutados. Quando eu proponho as oficinas, a primeira questão que surge é exatamente essa. Se os alunos estão desmotivados, como vão se envolver em uma atividade na qual eles vão ter que ler, vão ter que se concentrar, vão ter que ter foco? O que faz funcionar as oficinas é, na verdade, o modo de conduzir a atividade. É essencial a movimentação do professor. Sem isso, os alunos acabam fazendo outras atividades. Se o professor mantém a circulação e conduz a oficina, com etapas muito simples, de fácil execução, esse aluno desmotivado sente que consegue fazer pequenos progressos. Eu costumo pedir para que os alunos façam uma autoavaliação anônima deles e da oficina, sobre essa atividade de tentar aprender a estudar em sala de aula. A aprovação dos alunos é massiva. Muitos comentam “por incrível que pareça, eu consegui estudar”, “o tempo passou rápido”.
Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar? Isso não faz parte do currículo escolar.
Porvir – Há uma idade ideal ou série para iniciar as oficinas de estudo? Elas se aplicam melhor ao ensino médio do que ao fundamental?
Fábio Mendes – A oficina é uma forma de resgatar alunos que perderam a confiança de que podem gostar de estudar. É um modo despertar o interesse pelo conteúdo em alunos que estão completamente desconectados. Isso é típico de estudantes do ensino médio. Mas as oficinas podem ser aplicadas desde o 5º, 6º anos do ensino fundamental. O ponto principal é fazer com que eles notem que conseguem aprender por conta própria. Não é o professor que ensina, mas eles que aprendem. Quantas aulas os alunos têm sobre como estudar? Isso não faz parte do currículo escolar. E quantas vezes ao longo da vida escolar demanda-se que eles estudem? Você se motivaria a fazer uma atividade que não te dizem como fazer e te cobram o tempo todo? Esse é o centro das oficinas. Elas não precisam ser implantadas da noite pro dia, em todos os períodos, por todos os professores, com todos os conteúdos. Muito pelo contrário, pode ser uma aula especial que o professor propõe uma ou duas vezes por trimestre, mas que dá ferramentas para o aluno poder estudar por conta própria.
Porvir – As oficinas de estudo podem ter um horário específico na grade? Por exemplo, ao final do dia, os alunos tem uma hora de oficina de estudos? Ou a ideia é que toda disciplina, toda aula seja dada com a didática da oficina de estudo?
Fábio Mendes - O professor deve se sentir livre para aplicar quando ele achar necessário e no conteúdo que ele achar necessário. Não precisa ser frequente. Não precisa ter um horário determinado e os professores têm que ter livre adesão, até porque eles já estão cansados de coisas implantadas de cima para baixo. Eu tenho retorno de professores que adotaram como didática principal as oficinas de estudos, e, em algum momento, fazem uma explicação expositiva, normalmente, com base na pergunta dos alunos. Outros utilizam em alguns conteúdos, na introdução de um tema novo, para trabalhar de um modo diferente. Não tem uma ruptura com o dia a dia da escola. Isso é um ponto muito positivo.
Porvir – Você faz formação de professores em como aplicar a didática das oficinas? Como é a receptividade à didática?
Fábio Mendes - Sim. O mais importante das oficinas é a mudança de perspectiva do professor. O professor se dá conta que não adianta um aluno tirar 10 em toda vida escolar, se ele sair da educação básica sem conseguir construir o seu conhecimento com autonomia. Em oito horas de trabalho, é possível dar uma formação sobre as oficinas, elas não são difíceis de serem aplicadas, são bastante intuitivas. Alguns professores, no primeiro momento, resistem: “esse guri está querendo me ensinar a dar aula?”. Mas logo depois eles veem que não estou querendo ensinar nada para ninguém, estou apresentando uma perspectiva para trabalhar dificuldades que eles enfrentam. No final, a aprovação dos professores é maior até que a dos alunos. Entre os estudantes, a avaliação positiva do trabalho não baixa de 80%. Entre os professores, está acima de 90%. Os comentários principais são “finalmente apresentaram uma proposta que pode ser aplicada no dia a dia da escola”, e “essa formação não ficou só no discurso e mostrou como trabalhar em sala de aula”.
Porvir – A oficina de estudo mantém a disposição física da sala de aula, utiliza os mesmos materiais que há séculos são as bases da escola (leitura de texto, interpretação e exercícios, papel e caneta) e não depende da tecnologia. A revolução na educação é mais simples do que se imagina?
Fábio Mendes - Essa gurizada está acostumada a durante o tempo livre, ser ativa. Na minha época (tenho 33 anos), existia a televisão, mas a gente ficava passivo diante dela. Hoje, ao navegar na internet, os alunos publicam, curtem, e compartilham, passam adiante o conteúdo. Por isso, quando entram na sala de aula, há um contraste ainda maior do que o da minha geração. A regra geral é a seguinte: para aprender, tem que escutar. “Por favor, não sejam ativos, senão isso aqui não funciona”. Eles enlouquecem. A oficina de estudos coloca o aluno para construir. Eles se interessam pela atividade que as tecnologias proporcionam. Se a gente provoca a atividade deles dentro da sala de aula com livros, eles também se interessam e muito. Eles notam que estão compartilhando conhecimento e avaliando o que os outros acharam do mesmo conteúdo.
Não importa a lista de conteúdos aprendidos, se a pessoa não souber aprender, ela vai acabar ficando desatualizada.
Porvir – Você avalia que hoje seria melhor termos um currículo mais enxuto? Como deve ser feito esse processo?
Fábio Mendes - O mais importante é formar habilidades. Não importa a lista de conteúdos aprendidos, se a pessoa não souber aprender, ela vai acabar ficando desatualizada. A reforma que precisa ser feita é muito mais didática do que curricular. Se o aluno não aprendeu a estudar por conta própria, a construir um projeto, a montar cronogramas de estudo para conduzir o seu aprendizado depois da escola, da universidade, do mestrado, do doutorado, estará despreparado para o século 21.
Porvir – Você avalia que a formação dos professores é fraca no ensino da didática?
Fábio Mendes - Em todas as formações, os professores sempre me dizem que não tiveram metodologia de estudo na faculdade. Há muita teoria na formação sobre como as inteligências são diferentes, que cada um aprende de uma forma e temos que personalizar o aprendizado, mas pouca prática. Se a gente não colocar os alunos na atividade de aprendizado, nem eles têm como saber qual tipo cognitivo eles são. Isso os professores não aprendem em sua formação. Fala-se apenas que a aula deve ser lúdica e que tem que se respeitar a diferença entre os alunos.
Porvir – Você tem uma empresa de serviços educacionais que recentemente comandou a criação de uma Mostra Científica em Nova Santa Rita (município de 25 mil habitantes, localizado a 20 quilômetros ao norte de Porto Alegre). Como foi este projeto?
Fábio Mendes - O objetivo da minha empresa, a Autonomia Soluções em Educação, é fazer projetos que desenvolvam a autonomia dos estudantes, dos professores e das escolas. Além de trabalhar com alunos sobre como estudar, como programar horários, a gente desenvolve projetos de iniciação científica, como o de Nova Santa Rita. As escolas da região nunca tiveram isso, e chegamos com o desafio de mostrar para estes estudantes que eles podem não só aprender por conta própria, como desenvolver projetos de pesquisa nos quais eles podem adquirir conhecimentos. Alguns temas foram: a saúde das pessoas do bairro, repetência escolar, relação entre namoro e estudo, o problema do lixo eletrônico, um ponto constante de alagamento próximo à escola. O trabalho durou cerca de sete meses e o resultado foi a Primeira Mostra Multidisciplinar e Feira de Iniciação Científica da cidade, com mais de 60 projetos. Isso aconteceu porque houve uma mudança de perspectiva sobre trabalhar com pesquisa e como fazer isso com ferramentas simples e acessíveis.
Fonte:  http://porvir.org/porpensar/professor-precisa-falar-menos-provocar-mais-diz-educador/20141205  (acessado em 14/05/2015)
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Prece de um professor:


Jesus,Mestre Amado,permite que eu, Mestre na terra.

Honre a verdade caridosa do Teu exemplo.

Ensina-me o caminho do conhecimento,

mas, sobretudo, a simplicidade generosa do sábio.

Mostra-me Senhor o equilíbrio que deve existir

entre a bondade que afaga e energia que corrige.

Ampara-me, fortifica minha vontade,

socorra-me na vacilação da minha inteligência.

Faze-me escravo mesmo de Tua Perfeição

para que meus discípulos sejam maiores do eu sou.

Abre meu coração, Mestre, lá dentro guarda a esperança

e meu trabalho,todos os dias, será uma vitória,

apesar da incompreensão de alguns ou da indiferença de todos.

Abranda minha ânsia em querer tudo onde pouco existe,

já que a constância do Bem faz sua própria colheita.

Concede-me a modéstia para saber que não tenho riquezas para dar,

mas que poderei ensinar a cada um descobrir seus próprios tesouros.

Dá-me um gesto amigo para fazer de meu discípulo um amigo,

mas arranca de mim, eu te suplico, a injustiça que mata,

a prepotência, o orgulho vão, a mentira que, já no principio,

apunhala uma vida que será, também, um pouco da minha vida.

Mestre Jesus, que eu possa, afinal, bem cumprir a tarefa

e que meus discípulos recebam, pela minha palavra,

a Benção da Tua Verdade, Sabedoria e Amor.

Autor: Wandelli Peçanha